top of page
thumbnail_retrato-de-homem-jovem-atras-de-um-garrafa-em-um-amarela-cena.jpg

O que mais define o ser humano, genética ou ambiente em que vive?

Começarei este artigo com um "spoiler": ao final dele, não teremos uma resposta clara. Continue lendo e você entenderá o porquê. Jean-Jacques Rousseau (Genebra, 28/06/1712 – Córsega, 02/07/1778), filósofo extensamente estudado e conhecido, possivelmente foi o primeiro a levantar dúvidas sobre o que define o ser humano. Apesar de ter vivido na época do Iluminismo, Rousseau era um dos seus maiores críticos. Para ele, quanto mais o homem vivesse em harmonia com a natureza e longe da influência de outros homens, ele se tornaria uma pessoa melhor. Em sua obra chamada "Emílio", ele defendia arduamente que as crianças deveriam estar o máximo possível em contato com a natureza. O outro lado dessa teoria é que a sociedade corrompia o homem, levando-o a se tornar uma pessoa pior e má. Freud, por sua vez, defendeu em seus ensaios que existia uma hereditariedade psíquica, a qual seria responsável por fazer um ser humano ser melhor que outro. John B. Watson defendia que o meio ambiente em que a criança crescia determinaria o que ela se tornaria como ser humano. Ele chegou até a propor que, se lhe dessem 20 crianças para criar, ele as moldaria exatamente como havia sido planejado, de médico (um salvador de vidas) a assassino.

Portanto, dentro das várias teorias, tudo é possível. Quantos músicos você conhece que tiveram pais que também eram músicos? Provavelmente muitos. Mas também existem aqueles cujos pais são excelentes músicos e que acabaram se tornando engenheiros.

Lembro-me de quando tivemos em São Paulo um "serial killer" conhecido como "Maníaco do Parque", que confessou ter assassinado 11 mulheres em 1998. Naquela época, foi entrevistado seu pai, um senhor simples do interior de São Paulo, que ao responder a uma pergunta sobre por que seu filho fez isso, respondeu: "Não sei, tivemos sete filhos e somente com ele isso aconteceu".

A defesa do criminoso alegou abuso sexual por parte de uma tia quando ele era criança. Talvez esse tenha sido o fator que o levou a se tornar um serial killer. Contudo, ele conviveu com outros irmãos que não eram e não são assassinos.

O que eu quero discutir com esses pensamentos soltos é muito simples.

Pare de culpar sua herança genética pelo que você é. Pare de culpar o ambiente em que foi criado para justificar qualquer coisa.

Você define com atos e palavras aquilo que você será; demonstra com atos e palavras o que você é. O resto, como diriam sábios caipiras, é "conversa para boi dormir".

Todos os Direitos Reservados - Brazil Path Pharma

bottom of page